Médica Veterinária Karina Calciolari
Os equinos, devido às características de
manejo são acometidos por grande número de ectoparasitas, sendo os carrapatos,
principalmente do gênero Anocentor nitens e Amblyomma cajennensis, os maiores
incriminados por causar grande desconforto, além de poder ser meio de
transmissão de protozoários, como: Babesia caballi e Babesia equi. A
transmissão ocorre durante a picada do vetor e causa a babesiose dos equinos,
conhecida ainda como piroplasmose ou nutaliose. A Babesia sp. se multiplica nas
células sanguíneas dos equinos, sendo que as primeiras manifestações clínicas
ocorrem dentro de 5 a 28 dias. Os sinais clínicos são: picos de febre,
lacrimejamento, inapetência, falta de apetite, decúbito e até falta de coordenação
motora.
O exame hematológico é caracterizado por
anemia, porém raramente é identificado o protozoário em coletas de sangue de
veia jugular. Alguns animais podem apresentar a forma crônica da doença sem
sintomas visíveis ou apenas queda de desempenho, porém, são portadores e fonte
de infecção e disseminação da doença.
Há diversos tratamentos descritos para
eliminação do protozoário do organismo como: o dipropionato de Imidocarb,
diaceturato de diminazene associados ou não a oxitetraciclina, sendo a dose e
período de tratamento à escolha do veterinário. Por se tratar de um parasita
que causa anemia é indicado tratamento de suporte com suplementação a base de
ferro, vitamina B12 e ácido fólico auxiliando a reposição hematológica e
recuperação do animal. Por último é essencial o controle dos ectoparasitas no
animal e propriedade.
RELATO
DE CASO: Dois equinos adultos, machos, com idades entre 10 a
14 anos e das raças lusitano (A) e mangalarga paulista (B) foram atendidos em
propriedade em Jaboticabal interior de São Paulo com queixa de hiporexia. O
equino A apresentava ainda episódios de decúbito. Ao exame físico os equinos
apresentaram mucosas hiporacas, frequência cardíaca e respiratória dentro dos
padrões de normalidade para a espécie. A temperatura retal foi de 38,4 e 39,0ºC
respectivamente. Os proprietários relatam a existência rara de ectoparasitas
(carrapatos). A análise do hemograma identificou no equino A: hematócrito de
27%, hemácias 4,4 x 106 /µl e hemoglobina 9,0 x 106/µl; e no equino B o
hematócrito de 29%, hemácias 5,1 x 106 /µl e hemoglobina 10,0 x 106/µl dados
esses caracterizando anemia em ambos animais. Não foi observado alterações no
leucograma. Os achados clínicos associados aos resultados observados no
hemograma culminaram no diagnóstico presuntivo de Nutaliose. Foi estipulado
tratamentos diferentes para os dois animais sendo que, no equino A foi
administrado diaceturato de diminazene e no equino B dipropionato de imidocarb.
Os equinos foram suplementados com ferro
oral SUPRAFER®, Lavizoo por trinta dias. Após esse período foi realizado exames
hematológicos obtendo os seguintes resultados: equino A: hematócrito de 39%,
hemácias 7,3 x 106 /µl e hemoglobina 11,0 x 106/µl e o equino B, hematócrito de
32%, hemácias 7,1 x 106 /µl e hemoglobina 10,9 x 106/µl caracterizando melhora
laboratorial com os valores dentro dos padrões de normalidade para a espécie.
Os proprietários relataram melhora no apetite dos animais associada a maior
disposição para o exercício que corroborou com o exame físico, no qual, foi
observado mucosas normocoradas e temperatura retal dentro dos padrões de
normalidade.
Pode ser observado que independente do
tratamento estipulado para Nutaliose os equinos apresentaram melhora clínica e
laboratorial e o tratamento de suporte com a suplementação de ferro foi
essencial para a recuperação rápida dos animais.
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diagnóstico e seu MédicoVeterinário confirme, você pode encontrar Suprafer®, Lavizoo,
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